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segunda-feira, 27 de novembro de 2017

Olá amigo Charles Burck, seu texto foi selecionado para a 6ª edição da Revista LiteraLivre.
Tivemos 585 inscritos de todos os lugares do Brasil e do mundo.
Estão abertas as inscrições para a 7ª edição (nossa edição de aniversário) até dia 15/12.
A revista será publicada no final de novembro e todos receberão os links por e-mail.
Agradecemos pela participação e parabéns aos selecionados!!

Selecionados:

Poema - Charles Burck – Rio de Janeiro/RJ

Quando voamos alto a cidade perder as referências, os detalhes, as pequenas dores,
A procissão apenas só pontos de luzes, as orações silenciam devido a distância,
O santo abandona o andor para apreciar a vista do alto,
Concentro minhas forças ao que foco os olhares perdidos, quero ajudar a mostrar os caminhos, almas sem rumos, sem céus e afastado do divino
Afluentes de rios perdidos desde a nascente, sem chegar ao rio principal,
A decadente saciedade, a fome burocratizada, formando linhas contenção de diretas aos corações aprisionados
As garras da geometria que crescem proporcionais aos fatores de entregas
Das torres mais altas resisto aos clamores do banal, da mesmice que mistura tudo como uma panqueca de mingau de farinha mofada,
Os fantasmas participam da festa sem serem convidados, lambem os seios secos e as vulvas expostas, maquiadas de forma intima, a servir de face com sorrisos de boca aberta em pulsações
De anúncios de portal rente às areias da praia, uma superfície 
quase plana, geológica, uma fenda engolindo o sol
Recortava pequenos origamis em primeiro plano contra um fundo de céus escuro, mas a poética erótica se alastra feito aranha peluda, atrevida ao comer os machos, que mal têm tempo ao gozo
Nem tudo passa de fingimentos, mas do alto o amor é uma verdade maior, asas espalhadas a observações de águias, à procura de algo que escape ao ordinário.
 
 
Charles Burck 

Autor dos livros - Compêndio de Coisas Guardadas, O anjo do dia, Olhos Ferinos, Causos por Acausos  



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