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domingo, 5 de novembro de 2017

O Deus escondeu-se nos meus sofrimentos
Um fio solto no espaço,
Um atributo que não serve a nada,
Um túmulo sem nome, sem data
Apenas coisas vivas, de nada de certo
O que chega e foge,
A lavra de ouro, as ruínas,
O sangue nas veias, a anemia,
Os olhos brilhantes, o escuro da cegueira,
Tudo a dizer, nada a escrever
Talvez eu me vá embora, sem que ninguém me sinta a falta
Um espasmo da noite que engole o pássaro,
Um enganar a morte que passa e me pensa morto

 Charles Burck



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