Passa ao largo da sorte criando a tua própria
vida,
Somos o dia por onde nos movemos
As últimas estações florescem mais suaves, os
olhos brotando a calma,
O rio que se antevê a foz, desligamos o tempo e
contamos mentiras, para rirmos delas, dourando-nos ao sol, ao vento
Uma flacidez existencial, regulada sem medidas
certas,
Quando amamos ao longo de um de verão, nada é
absoluto, nem a rima,
Nem o coração, nem o pulso
As regras vão sendo escritas e apagadas, não
temos vínculos com nada, mas gosto dos teus argumentos
A metafísica da alma, do sol, do mar,
desenhados nos meus gestos, sem heróis e sem derrotas,
Nascer do útero da morte, na mesma canção da
vida,
Tudo é tão perto, não há longes, nem
fronteiras,
Tudo que nos cabe ao alcance de um beijo.
Charles Burck
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