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sexta-feira, 27 de julho de 2018


As águas em perfeita calma,
Calma, como nunca me trouxe o tempo ao peito
A algazarra dos bandos de pássaros é o que se manifesta em minha alma
Calma pede o padre, há suficientes preocupações neste mistério, Deus sabe, diz-me ele, com olhos de quem está com pressa de ir embora
Eu alimento discórdia entre os presentes e depois, parto,
Há barulhos suficientes para matar os meus tímpanos,
Calma pede a professora, quem de vocês é o dono do tempo?
E a criança escreve no quadro negro mil vezes,
Calma professora, o tempo não corre mais do que nós,
Aquiete esse vento bêbado nos teus cabelos, essas sombras sonoras
A dançar nos redemoinhos de folhas secas cansadas
Acalmem as ondas que veem de dentro, veementes assomos dos movimentos dos oceanos
Não me afogue então antes da hora, tenham calma águas salgadas,
Se não os peixes morrem antes de morderem as iscas,
Calma minha alma, sente-se ao meu lado agora,
Nós mantenhamos em silêncio a iludir o tempo
Se ele nos devora antes da hora...

Charles Burck

Slava Fokkwen

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