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sábado, 14 de julho de 2018


Nos demos uma trégua hoje, e cantamos canções de paz,
E fizemos, juntos, um amuleto para o regresso do impossível
A respiração da alma – estamos a voltar sempre, enquanto nos afastamos mais
Mas não hoje, hoje não, quando por tudo vivemos quando nada temos,
Não há resignação na luta e só há a recusa ao abandono –
Porque existimos para a vida, pela sobrevivência, para alongar o último suspiro,
Não fazemos julgamentos pelo não acontecido, o futuro será a nossa não aceitação a abdicar de nós
Na precisão do passo temos que aprender a caminhar com os olhos vendados,
A vida é um precipício que se movimenta
Mas há poemas em todos os lados, como flores que escapam de um sorriso,
Como a florescer dos teus olhos em tempos escassos de luz,
Quando nascer traz inúmeras semelhanças com a morte
Brindamos um caso de amor borbulhando vida

Charles Burck



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