Por que ainda agarro as memórias de alguém que vive
dentro de mim?
E qual o tom que os músculos encerram nos ensaios
da dor que os inflama?
E a pele que vibra à passagem do tatear das tuas
mãos ausentes
Os ouvidos demasiados longe ensaiam canções só
nossas,
todos os dias eu te toco,
sem tocar
esse mesmo mistério atravessa de novo a
fronteira do olhar,
e espanta tudo o que me mete medo.
Eu
que não aprendi a falar, escrevo, dou voz a minha boca pelas letras,
Assim vou falando de ti, até que me leias
Charles Burck
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