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sábado, 29 de setembro de 2018


Por que ainda agarro as memórias de alguém que vive dentro de mim?
E qual o tom que os músculos encerram nos ensaios da dor que os inflama?
E a pele que vibra à passagem do tatear das tuas mãos ausentes
Os ouvidos demasiados longe ensaiam canções só nossas,
todos os dias eu te toco,
sem tocar
 esse mesmo mistério atravessa de novo a fronteira do olhar, 
 e espanta tudo o que me mete medo. 
Eu que não aprendi a falar, escrevo, dou voz a minha boca pelas letras,
Assim vou falando de ti, até que me leias


Charles Burck




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