O
poema colhido quente, na febre, no ato o alimento que o amor oferece
Desenho
no chão a giz, uma linha imaginaria para que possas transgredi-la
Pular
para o lado da seiva que goza, os olhos que cismam, a febre alta que cola um
peito ao outro,
Eu
que floresci dos desassossegos e dei frutos nos abandonos,
Quero o corpo descoberto, o cenário que
crias no meu imaginário,
O regalo que se inicia na boca, o íntimo
aberto ao tudo que revê-las,
O êxtase do silêncio, o fluxo livre da
razão que cala
Traço-te
na pele os gemidos, mas revelo o nome,
Na fome eterna do amor em forma de versos,
Na fome eterna do amor em forma de versos,
Os
dedos que se entrelaçam no esgotamento do tempo,
Quando
tudo cala, quando tudo cessa, quando tudo deixa de ser para existir,
No
instante seguinte,
De
novo
Charles Burck
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