O
mundo era longe, longe também a minha infância,
O
campo de mato rasteiro
Os
olhos trigueiros
A
menina desnuda no leito de flores de melão,
Mais
longe, ainda, fica a vontade de reviver,
O
cheiro que ainda chega o sabor que brinca de fazer salivas
As
lembranças que permeiam os tempos de poucos fazeres
Os
gestos de minha avó não dispensavam ternuras,
Os
brincos de pedras pequenas brilhavam mais do que deveriam
Era
a magia que dela se expandia a todas as coisas,
O
passado é nosso campo cultivado para colheitas futuras, em tempos escassos,
A
minha alma embora tenha asas alongadas, embora ainda deseje voos maiores,
Nos
tempos que me restam, não tão alongados assim,
Já
penso que os bons ventos não voltam, raramente passam por aqui.
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