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terça-feira, 10 de setembro de 2019


Vem que Marte inventa poemas loucos
Na lua da tua cabeça a borboleta quer um corte amis ousado,
Eu queria te dizer algo que não saibas sobre nós
O pássaro de terno e gravata borboleta bate cabeça nos mundos dos sonhos
Eu queria dizer algo inventado que parecesse verdade
Mas no fundo tudo é tão raso,
E nós tão profundos
Desapareceu a janela, depois uma porta, a cabeça de gado com chifres de fogo
O azul turquesa festeja o verde, mas mastigado pelo Minotauro
Eu queria te dizer algo raro, um pedaço do melhor de mim
Mas estou sem a lança de Poseidon e os teus cabelos no meu rosto me tiram do sério
Há algum mistério em nós, e hoje descubro,
Te descubro dos véus das místicas jornadas pelos riachos celtas
Como o fogo de dentro da pedra de runa
O incenso de acender a noite
Queria parar esse poema agora,
E te dizer coisas raras, mas nos tempos do faz de conta já vivemos tudo
Que tal vivermos as coisas comuns?
Mas eu sou só um escrito de poemas, sem lastros, sem dinheiro e sem glórias
Sem a palavra certa que tento te dizer,
Então me calo para ver se te digo tudo

Charles Burck




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