E quando a chuva
bate forte, as mulheres correm para pegar as roupas
E as moças riem da luz molhada, e do desvelo das velhas senhoras
E eu escrevo, primeiro sozinho, depois mais sozinho,
E desenho um silêncio perfeito na página vazia,
O que me falta se nada tenho,
Como escrever de trás para frente se foi mal o final e o inicio pior?
A trama toda são as pálpebras costuradas
A boca imersa na água salobra
E agora chove sal, e as moças desnudas dançam na lama,
E se vestem de cinza e ganham escamas,
E as loucas arrumam as roupas nos varal e pintam os lábios e esperam com as bocas roucas os beijos que prometidos pelos anjos,
Mas no centro da coisa toda, estão as roupas que esperam as moças castas, mas há raras moças para poucas roupas caras
Mas alguém que quer qualquer coisa, grita,
Hoje tem chá de picão roxo e canela rosa,
Anis estrelado no vinho tinto,
Se eu disser, noite estrelada e lua, eu minto,
Mas uma caneca de caldo quente com roscas de chuva, eu tenho,
Só tenho medo das moças nuas esfregando as partes nas janelas
Se quebrarem os vidros, vão-se os encantos e o frio tomara conta de tudo e vestira de negros as viúvas virgens que chorarão a falta dos maridos perdidos nos temporais
Mas se eu disser que somos amigos, creia no dito, venha para minha cama e durmamos de concha, sem os fitos da impaciência, apenas o contato da pele para liberar as energias excessivas, e aliviar os tormentos e as angustias elétricas acumuladas nos membros
Sem a sofreguidão de sentir a carne, morder os ossos e sugar as carências úmidas,
Apenas dormir amistosamente, contornar o amor e suavizar o sono
E as moças riem da luz molhada, e do desvelo das velhas senhoras
E eu escrevo, primeiro sozinho, depois mais sozinho,
E desenho um silêncio perfeito na página vazia,
O que me falta se nada tenho,
Como escrever de trás para frente se foi mal o final e o inicio pior?
A trama toda são as pálpebras costuradas
A boca imersa na água salobra
E agora chove sal, e as moças desnudas dançam na lama,
E se vestem de cinza e ganham escamas,
E as loucas arrumam as roupas nos varal e pintam os lábios e esperam com as bocas roucas os beijos que prometidos pelos anjos,
Mas no centro da coisa toda, estão as roupas que esperam as moças castas, mas há raras moças para poucas roupas caras
Mas alguém que quer qualquer coisa, grita,
Hoje tem chá de picão roxo e canela rosa,
Anis estrelado no vinho tinto,
Se eu disser, noite estrelada e lua, eu minto,
Mas uma caneca de caldo quente com roscas de chuva, eu tenho,
Só tenho medo das moças nuas esfregando as partes nas janelas
Se quebrarem os vidros, vão-se os encantos e o frio tomara conta de tudo e vestira de negros as viúvas virgens que chorarão a falta dos maridos perdidos nos temporais
Mas se eu disser que somos amigos, creia no dito, venha para minha cama e durmamos de concha, sem os fitos da impaciência, apenas o contato da pele para liberar as energias excessivas, e aliviar os tormentos e as angustias elétricas acumuladas nos membros
Sem a sofreguidão de sentir a carne, morder os ossos e sugar as carências úmidas,
Apenas dormir amistosamente, contornar o amor e suavizar o sono
Charles Burck
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