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quarta-feira, 13 de abril de 2022

 Quantas vezes fizemos amor sob as luzes amareladas, decadentes e improprias

Quantas vezes como mariposas encurraladas encurtamos as noites para podermos ir embora

Sob o céu sem estrelas ninguém velou por nós,

Éramos tão poucos para nos darmo-nos a dois

Charles Burck






 Minhas colagens, by Charles Burck 


 Colagem Charles Burck 


 Amo-te o tanto quanto me traz a noite as contas que devo

Os risos não meus que me confortam
A distância imensa dos braços que um dia souberam me dizer o quanto precisaram de mim
No que me calam na boca os beijos que a saudade vive a repetirr
Sinto ter que escrever o que não pode acontecer,
Sinto ter que escrever o tanto quanto não posso esperar
Quem sabe seja essa a melhor dimensão do que se possa sentir
A medida da solidão e da dor
Os contextos onde os olhos se deitam para esquecer e não para sonhar
Charles Burck


Joaquín Sorolla

 Sob a luz frágil, da lua

Um acesso a iluminar o tempo
Qual noite pior só podia ver uma face
e morria-se no desejo dos inteiros
Para mais ver cerrava os olhos
E sentia a boca e beijava o colo
Apertava- a nos braços
Tudo numa fresta de luz
Num brilho do olhar seu
Numa restia que matava toda escuridão
Charles Burck





 Um beijo pode mudar uma vida, criar outro mundo, um universo à parte

Um jardim onde brota uma inesperada flor,
Que surge ao invisivel dos olhos, que se vê com a alma
E assim, eu me supreendo que, neste mundo de tantas dores
Onde palavras ferem como espinhos
Haja uma boca que ainda dê flores
Charles Burck




Trago-te no olhar, aparição extraordinária
Quantas coisas tateei enquanto era cego,
Imaginei um dia seco, onde as chamas se alastram,
Caminharei por entre o fogo,
E deixarei queimar o meu coração limpo,
Onde assim me venha a luz da lamparina,
Que me guie até a próxima clareira,
Desse amor certo e genuíno,
Onde de nós faça sentido,
Ao dar-me a mão, às minhas, às vezes tão exaustas,
A guiar-me por essa nova estrada,
Por onde eu vista minha última roupagem
A última

Charles Burck